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Taxa de juros afeta Gerdau: fábrica vai usar férias e banco de horas para adequar produção

Assembleia aprovou implantação do banco de horas, um ano atrás

A fábrica Gerdau de Pindamonhangaba-SP anunciou essa semana que irá aplicar medidas nos próximos dois meses para adequar o quadro de funcionários à redução no volume de produção. A fábrica aponta a alta taxa de juros do Brasil como fator de queda nas vendas.

Uma reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a direção da empresa ocorreu na segunda-feira, dia 3. A previsão é de 100 mil toneladas a menos neste semestre em três unidades: Pinda, Mogi das Cruzes-SP e Charqueadas-RS.

A unidade da Gerdau em Mogi das Cruzes está em lay-off. Alguns funcionários foram transferidos para Pinda, onde está sendo possível adequar apenas com férias individuais e o acordo de banco de horas negociado com o sindicato, implantado um ano atrás.

A fábrica vai aplicar essas medidas nos meses de abril e maio e elas devem envolver cerca de 300 trabalhadores de quatro setores da fábrica: Laminação 2, Laminação 3, TMEC e Logística.

Segundo o presidente do Sindicato, André Oliveira, a expectativa da fábrica é de melhora da produção no segundo semestre.

“A fábrica afirmou pra gente que a alta taxa de juros do Brasil, que é a maior do mundo, em 13,75%, está impactando muito nas vendas de veículos, e a Gerdau faz parte da cadeia produtiva, fornecendo seus aços especiais. Felizmente, por enquanto está sendo possível adequar a mão de obra, não há previsão de demissões, o acordo do banco de horas também está ajudando nessa questão”, disse.

A Gerdau atua no ramo do aço e hoje tem 2.600 funcionários na unidade de Pindamonhangaba.