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Após série de acordos, emprego nas fábricas volta ao patamar pré-pandemia

Março foi o primeiro mês que o nível de emprego retomou e abril também foi positivo, com criação de 63 vagas

Uma das paralisações na Gerdau ano passado; fábrica chegou a ficar com 90% do efetivo de férias, além de várias medidas duras para os trabalhadores, mas já retomou produção

Após um ano de Covid-19, o número de empregos nas fábricas metalúrgicas de Pinda alcançou o mesmo patamar pré-pandemia. A informação está em relatório elaborado pelo sindicato, que negociou a aplicação de diversas medidas para evitar demissões.

A categoria metalúrgica é a que mais emprega na cidade, seguida pelos trabalhadores do comércio e pelos servidores. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) relativos ao mês de março, foram divulgados no dia 30 de abril.

Em março de 2020, quando teve início a pandemia, o chamado “estoque” de mão de obra empregada era de 6.834. Em março de 2021 foi o primeiro mês em que o número de postos de trabalhou retornou a esse patamar ao atingir a marca de 6.855 trabalhadores. Assim, nesse balanço, não houve perda de postos de trabalho, houve até acréscimo de 21 vagas.

Mais recente, no final de maio foi divulgado o relatório referente a abril, também com dados positivos. Apenas em abril foram criadas mais 63 vagas de trabalho no setor metalúrgico, chegando então a 6.918 trabalhadores e confirmando a expectativa de retomada.

Ainda segundo o sindicato, o resultado não quer dizer que no período da pandemia não houve nenhuma demissão. Há uma rotatividade nas empresas, com pessoas sendo demitidas e contratadas todos os meses.

Alguns segmentos foram mais impactados, mas compensados por outros e, de forma geral, o número de postos de trabalho na categoria foi retomado.

Essa realidade de Pinda é bem diferente do quadro nacional. No mesmo período, o Brasil perdeu mais de 8 milhões de postos de trabalho. O movimento sindical aponta a falta de uma política industrial que defenda o mercado nacional, o que tem provocado a saída de empresas do país, além da falta de auxílio do governo aos pequenos empresários.

Para o presidente do sindicato, André Oliveira – Andrezão, o início da crise foi um momento de muita incerteza e que exigiu muita atenção da entidade.

“Brigamos muito para que os protocolos, as medidas sanitárias fossem tomadas e pra garantir o emprego. Todos os acordos foram melhores do que as medidas do governo, garantido mais salário e estabilidade. Não foi fácil. Foram medidas duras sim, que todos tivemos que encarar, mas tenho a certeza que se não fossem feitas, a história seria outra. Deu certo, seguramos muitos empregos, as fábricas foram retomando as atividades e conseguimos atravessar aquele momento. Agradeço a todos pela confiança, vamos continuar na luta, sempre”, disse.

GERAL

No geral, o número de empregos em Pinda ainda não retornou ao nível pré-pandemia. No balanço até abril, o saldo de empregos acumula perda de 242 postos de trabalho em relação a março de 2020, impactado principalmente pelos setores de Hotéis e Bares, e Construção Civil.