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FEM/CUT entrega pauta da Campanha Salarial 2021 aos patrões

Principal bandeira é conseguir um bom reajuste salarial, frente ao aumento dos preços e à boa fase do setor

Videoconferência da entrega da pauta – Nilsão e Pepeo participaram

Os representantes da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), juntamente com os sindicatos filiados, entregaram a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2021 às bancadas patronais, nessa terça-feira, dia 29.

Assim como no ano passado, a entrega da pauta ocorreu de forma virtual, por videoconferência. Os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Nilson Conceição e Marcelo Pepeo, também participaram.

Durante o encontro, foi exibido um vídeo aos representantes dos patrões, produzido pela Federação, com manchetes de jornais do país que apontam para o atual crescimento do setor. Ao fundo, a música de Gonzaguinha ‘É’, que traz versos representativos para esta Campanha, como “A gente quer valer nosso suor, a gente quer viver pleno direito”.

O presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, acredita que o vídeo foi um importante recado para os empresários e ajudou a dar o tom de como serão as negociações.

“O vídeo deu uma balançada. A ideia é se comunicar com a base dessa maneira. É preciso que os trabalhadores tenham essas informações e saibam que temos condições de buscar um bom aumento”.

Tudo mais caro

O dirigente destacou a alta nos vários itens de consumo e de vida para lembrar que é preciso repor essas perdas.

“É necessário que este ano tenhamos um bom reajuste salarial, não dá para os metalúrgicos assistirem somente o preço dos itens de consumo subirem absurdamente e não ver os seus salários reajustados satisfatoriamente”, defendeu.

Negociações

A partir de agora, as bancadas patronais devem reunir os empresários para discutir sobre as reivindicações da categoria. A previsão é iniciar o processo de negociação na segunda quinzena de julho.

Nas mesas de negociação este ano também estarão presentes os temas reindustrialização do país, nacionalização de componentes e novas formas de contratação como home office e teletrabalho.

É+

O tema da “Campanha Salarial 2021 É +, + salário, + vacina, + emprego, + direitos, + unidade”.

Os eixos são: preservação da saúde e da vida; garantia de emprego; aumento salarial que restabeleça o poder aquisitivo do trabalhador; valorização das normas coletivas de trabalho; política industrial com nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos.

GRUPOS

Nas negociações deste ano, alguns grupos já têm CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) garantida. Nas bancadas patronais do Grupo 2, que envolve a Confab, do Grupo 3 das autopeças, do Sindicel que representa a Novelis e do Sindratar, que representa a Bundy, as cláusulas sociais têm vigência de dois anos, até 2022.

Mas outros setores, como o Grupo 8.2, da Gerdau e GV do Brasil, e o Grupo 8.3, de estruturas metálicas e o G10 – a pauta será “cheia”. Ou seja, será negociada a renovação dos direitos previstos na Convenção Coletiva e também o reajuste salarial.