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Campanha Salarial: reajuste oferecido por patrões não chega nem ao INPC

Mobilização deve se intensificar nos próximos dias

Reunião G3 nessa quinta - Foto Marina Selerges FEM-CUTSP
Reunião G3 nessa quinta – Foto Marina Selerges FEM-CUTSP

Desde a última semana o debate sobre a clausula econômica tomou conta das mesas de negociação da Campanha Salarial 2016. Na última quinta- feira, dia 15, representantes da FEM-CUT/SP se reuniram com sindicatos patronais dos Grupos 2, 3, 8 e Estamparia.

As propostas econômicas feita pelos patrões não chegam nem aos 9,62% de inflação que foi acumulada no período de 1º de setembro de 2015 à 31 de agosto de 2016.

O presidente da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, conta que a bancada dos trabalhadores não aceitou nenhuma das ofertas.

“Os valores de reajustes que foram oferecidas não atendem as expectativas dos trabalhadores. Entendemos e temos clareza do momento atual do país, mas não aceitaremos que os trabalhadores paguem o pato nessa crise”, explicou Luizão.

Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba têm participado das rodadas de negociação. Veja abaixo o andamento de cada grupo.

Grupo 2 (Máquinas, Eletrônicos, entre outros)

Na última semana o Grupo 2 ofereceu 4,5% de reajuste. O valor inicial foi negado pela bancada dos trabalhadores. Durante a conversa realizada na tarde desta quinta-feira, os empresários apresentaram uma segunda proposta: 4,5% de reajuste em outubro e mais 3% em Abril. As negociações continuam na próxima semana.

Grupo 3 (Autopeças)

O Grupo 3 ofereceu 6% de reajuste. A bancada dos trabalhadores considerou a proposta “insuficiente para os anseios dos trabalhadores”. A próxima rodada de negociação está agendada para o dia 21 de setembro.

Grupo 8 (Laminação, Trefilação, entre outros)

As negociações com o Grupo 8 estão novamente emperradas. Desde o início da Campanha Salarial 2016, os representantes do setor patronal não demonstram disposição em negociar. Na rodada de ontem, eles se negaram novamente a debater cláusulas sociais e não fizeram proposta econômica. “A postura dos representantes do Grupo 8 é inadmissível. A decisão de negociar é uma decisão política e não econômica”, afirma Luizão.

Estamparia

Representantes da estamparia ofereceram um reajuste de 8,15% aos trabalhadores. As negociações continuam na próxima semana para que o valor se aproxime ao máximo das pretensões dos trabalhadores.

Fonte: Agência de notícias da FEM-CUT/SP