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Campanha Salarial: Patrões querem parcelar reajuste e retirar direitos

A Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT segue firme nas rodadas de negociação com os patrões.

Agora, já ocorreram reuniões com todas as bancadas patronais e o já se viu a dificuldade que a categoria enfrentará este ano.

Nessa quinta-feira, dia 18, teve reunião de manhã com o Sindicel, que é bancada do ramo do alumínio, como a Novelis, e à tarde com o Siescomet, de estruturas metálicas, como a Incomisa.

Na quarta-feira, a reunião foi com o Sicetel, do ramo do aço, como a Gerdau e GV do Brasil. Reuniões com as demais bancadas, como o Grupo 2, de máquinas e equipamentos, que abrange a Tenaris Confab, entre outros, ocorreram este mês.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba tem participado de todas as reuniões realizadas pela FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo) e os dirigentes dos 13 sindicatos filiados.

De acordo com o presidente do sindicato, André Oliveira, de forma geral, as bancadas patronais têm insistido no parcelamento do reajuste, bem como o congelamento dos pisos e tetos salariais, além de alterações nas cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho.

“Falaram muito de parcelar, e mais uma vez querem mexer na garantia de estabilidade de quem sofreu doença ou acidente de trabalho. Eles vieram duros, nós endurecemos também. Não podemos aceitar isso. E vamos sim buscar o aumento real de salário. Vamos buscar propostas coerentes com a produção alta que estamos vendo nas fábricas”, disse.

Mobilizar

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, reforçou o chamado para toda a categoria participar das mobilizações pela Campanha Salarial.

“As negociações ficam mais acirradas à medida que se aproxima da nossa data-base. Por isso, os metalúrgicos do estado de São Paulo precisam estar junto com seus sindicatos e com a FEM, unidos e mobilizados, para garantirmos uma Campanha Salarial vitoriosa como nos outros anos”, afirmou Erick Silva.

Sindicalistas da região logo após ato realizado na Gerdau de Pindamonhangaba

Os dirigentes de Pinda que são membros da FEM-CUT/SP, Marcio Fernandes e Odirley Prado, tem participado das reuniões, assim como o dirigente Luciano Tremembé.

Inflação

Até o momento, em 11 meses, a data-base da categoria tem 9,16% de inflação acumulada. O cálculo leva em consideração o Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), que é medido pelo IBGE.

O INPC registrou queda de -0,60% em julho, puxada principalmente pelas medidas eleitoreiras do presidente Jair Bolsonaro em relação aos preços dos combustíveis.

Ainda assim, o grupo de alimentos e bebidas, que é o maior consumo do trabalhador, subiu 1,31% no mês passado.

Tema

O tema da Campanha Salarial deste ano é “Juntos pela Reconstrução dos Direitos, dos Salários, da Democracia e do País”.

Os eixos são: reposição da inflação, aumento real, valorização dos pisos, valorização da Convenção Coletiva de Trabalho, manutenção dos direitos e a reindustrialização do país.

A pauta foi aprovada em 6 de maio pelos Metalúrgicos de Pinda e entregue aos representantes das bancadas patronais em 3 de junho. 

Assembleia que aprovou pauta de reivindicações, realizada em maio