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Campanha Salarial: FEM-CUT/SP entrega avisos de greve para bancadas patronais

Comunicado explica que os 14 sindicatos metalúrgicos poderão deflagrar greves após 48 horas nas suas bases por tempo indeterminado

foto: Adonis Guerra/SMABC
foto: Adonis Guerra/SMABC

O prazo das bancadas patronais do ramo metalúrgico acabou nesta sexta-feira (25). Em razão de não ter recebido nenhuma proposta de reajuste salarial satisfatória, a Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT/SP) protocolou nesta manhã na FIESP para as bancadas patronais dos Grupos 2,8,10, (relação abaixo) Estamparia e para o setor de Fundição comunicados de greve. Logo mais à tarde também será protocolado documento à bancada patronal do Grupo 3 (Autopeças, Forjaria e Parafusos).

O aviso de greve da FEM-CUT/SP informa que, a partir de 48 horas da entrega do comunicado, conforme assembleias dos trabalhadores serão deflagradas paralisações em qualquer empresa dos setores patronais da base da Federação no Estado.

A organização ficará a critério dos sindicatos metalúrgicos filiados, conforme previsto na Lei de Greve, assegurada no artigo 9º da Constituição Federal Brasileira. O documento da Federação ainda reforça que  “o movimento grevista será por prazo indeterminado”.

Para o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, a greve é um instrumento legítimo dos trabalhadores. “Essa ação dura é necessária para pressionar as bancadas patronais a repensarem a proposta econômica e nos apresentarem de fato um índice que contemple a categoria metalúrgica cutista, caso contrário, eles ouvirão o silêncio das máquinas na próxima semana”, frisa.

Propostas insuficientes

Até agora, três bancadas patronais apresentaram propostas de reajuste salarial: o Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) que ofereceu 8%, parcelado em duas vezes em setembro e fevereiro; a Estamparia 8%, também parcelado (setembro e fevereiro) e  Grupo 3 propôs 7% e 8% de forma escalonada e ainda parcelado em duas vezes.

As propostas ficaram abaixo do INPC da data-base (9,88%) e, portanto, não contemplam a categoria metalúrgica cutista. A FEM-CUT/SP reivindica a reposição integral da inflação no período da data-base, 1º de setembro (9,88%), e mais aumento real, que é negociado em mesa.

Já os setores patronais: Fundição, Grupos 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) e Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) não se posicionaram sobre a pauta econômica e também não concluíram o debate das cláusulas sociais da Federação.

Fonte: Viviane Barbosa – Agência de Notícias FEM-CUT/SP.