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16ª Plenária Estatutária da CUT-SP será dias 27 e 28; confira a programação

Evento debaterá estratégias de lutas no estado de São Paulo para o próximo período

Arte de Maria Dias/CUTSP

Escrito por: Vanessa Ramos – CUT São Paulo

Nos dias 27 e 28 de agosto, delegados e delegadas sindicais se reúnem em videoconferência para a 16ª Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’. O objetivo da atividade é discutir a conjuntura política e atualizar as estratégias de luta para o próximo período.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba vai participar, por meio do dirigente Odirley Prado, secretário geral da entidade.

A plenária estadual integra a programação da 16ª Plenária Nacional, que ocorrerá nos dias 21 a 24 de outubro, e leva o nome do sindicalista João Felício, que foi ex-presidente da CUT, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Confederação Sindical Internacional (CSI), morto em 19 de março de 2020.

As assembleias dos sindicatos, eletivas às plenárias estaduais, ocorreram entre junho e julho deste ano. Já as plenárias estaduais e reuniões de ramos, eletivas para a plenária nacional, iniciaram em julho e seguem até a primeira quinzena de setembro.

“Em nossa plenária, teremos o desafio de avaliar e discutir as ações dos sindicatos e dos ramos filiados à CUT São Paulo e também de atualizarmos o projeto político CUTista para enfrentarmos os desafios do próximo período que promete ser de muita luta para combater as políticas neoliberais dos governos Bolsonaro e Doria”, afirma o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

O golpe e a resistência

Ao trazer como tema “Unidos e organizados, somos mais fortes. SP por trabalho, saúde, direito, democracia e vidas preservadas!”, a plenária pretende se debruçar sobre os ataques contra a classe trabalhadora desde o golpe parlamentar, de 2016, que tirou do poder a então presidenta eleita Dilma Rousseff (PT).

Um dos próprios articuladores do chamado ‘impeachment’, Michel Temer (MDB), chamou de “golpe” essa articulação, durante uma entrevista no programa Roda Viva, em 2019.  

Posteriormente à saída da presidenta Dilma, o Brasil passou por disputas políticas e ataques nos campos midiático e do Judiciário que levaram à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018, impedido de disputar as eleições.

Solto no final de 2019, após 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, inúmeras decisões contra ele já foram anuladas. Como prova da armação realizada por diferentes setores, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, em junho, a decisão de que houve suspeição, ou seja, parcialidade, do ex-juiz Sergio Moro em sua acusação contra Lula.

“A classe trabalhadora tem sofrido inúmeros ataques em todo Brasil desde o golpe. Com Bolsonaro na presidência da República, isso piorou ainda mais. São ataques constantes à democracia e instituições, aos direitos sociais e trabalhistas, com projetos neoliberais que reduzem o papel do Estado”, avalia o secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira.

“Pior de tudo, com um governo que optou por uma estratégia política de propagação do novo coronavírus durante a pandemia de covid-19, o que levou milhares de pessoas à morte. Temos muitas lutas a serem feitas no próximo período, inclusive descontruindo ideologias e fake news que são características desse governo genocida”, completa o dirigente.  

Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, o movimento sindical tem como papel a construção de alternativas diante do cenário atual. Ainda, destaca, as medidas aplicadas pelo governo Bolsonaro em nada se diferem do governo paulista de João Doria (PSDB).

“Vivenciamos uma situação desastrosa com o desemprego, a volta da inflação e da fome, o aumento dos preços do gás de cozinha, dos combustíveis e dos alimentos. Tudo isso aliado a uma política nefasta dos governos federal e estadual que avançam com as privatizações, aprofundam o desmonte dos serviços públicos e as precarizações do trabalho com a retirada de direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores tanto do setor público como do setor privado”, pontua.  

Veja abaixo a programação completa da 16ª Plenária Estatutária da CUT-SP ‘João Felício’

27 de agosto de 2021

12h: Início do credenciamento dos delegados e delegadas efetivos

1ª Mesa      
17h:  Apresentação da votação e aprovação do Regimento Interno e apresentação de recursos ao plenário

2ª Mesa
18h: Abertura solene e conjuntura, com a participação do professor Fernando Haddad

28 de agosto de 2021

8h: Credenciamento dos delegados e delegadas efetivos e suplentes

3ª Mesa
9h: Homenagem ao professor João Antônio Felício e aos dirigentes e militantes vítimas da covid-19

4ª Mesa
9h30:  Vídeo de balanço da direção da CUT-SP

5ª Mesa
10h30: Conjuntura nacional e estadual
11h30: Projeto organizativo da CUT – quem e como representar
13h às 14h: Almoço
14h: Apresentação e apreciação das emendas

6ª Mesa
15h: Plano de Lutas – apresentação de emendas
16h30: Moções

7ª Mesa
17h: Recomposição da direção e eleição de delegados e delegadas à 16ª Plenária Estatutária da CUT Nacional

18h: Encerramento