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Sindicatos vão ampliar mobilizações pela Campanha Salarial

Reuniões da FEM-CUT já ocorreram com a maioria das bancadas patronais e os sindicatos reafirmam disposição para lutar pelo aumento real

Ao microfone, Erick Silva, presidente da FEM-CUT/SP, durante paralisação em Pindamonhangaba

A direção da FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo) deliberou pela ampliação da mobilização em toda a base dos metalúrgicos no Estado. Agosto foi um mês de muitas paralisações em Pindamonhangaba e os atos serão intensificados.

Na próxima semana deve ser divulgado o índice final da inflação que serve de referência para a Campanha Salarial. Até o momento ele está em 9,46%.

Já houveram reuniões na maioria das 12 mesas de negociações que receberam a pauta da campanha em 29 de junho.

Além da pauta, foi proposto que os patrões assumam o compromisso de dar preferência de contratação às pessoas vacinadas a partir de 1º de janeiro de 2022, bem como renovar todas as cláusulas sociais vigentes até 2023. Ambas as pautas foram bem recebidas e em alguns grupos já há concordância com as duas.

No último dia 25, ocorreu uma reunião da FEM-CUT/SP com os sindicatos filiados para analisar o andamento da Campanha Salarial 2021.

O presidente da FEM-CUT, Erick Silva

De acordo com o presidente Erick Silva, os sindicatos reafirmaram a disposição para reivindicar a renovação das cláusulas sociais até 2023, a reposição integral das perdas da inflação e também o aumento real de salário. A Federação também tem repudiado as propostas patronais de parcelamento do reajuste.

“Por todo o Estado, hoje as fábricas estão um barril de pólvora. O que é natural pelo processo de corrosão dos salários com explosão dos preços de gás, carne, óleo de soja, arroz, além dos demais itens da cesta básica que vem crescendo além dos índices de inflação. Os trabalhadores têm sentido fortemente também o impacto do preço dos combustíveis e da conta de energia que para algumas famílias dobrou de valor”, disse.

Em Pindamonhangaba, várias paralisações ocorreram no mês de agosto, em fábricas como Novelis, Latasa, Gerdau, GV do Brasil e Elfer.

Ao microfone, o dirigente Odirley Prado, ao lado do presidente André Oliveira

De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Odirley Prado, além de questões como PLR, todos os atos também tiveram como motivo a Campanha Salarial.

“Desde julho a gente já tinha esse indicativo de que o índice da inflação seria alto e que a briga seria difícil. Em todos os atos a gente tem visto adesão total dos trabalhadores e muita disposição pra lutar por um reajuste decente”, disse.

De vermelho, o dirigente Marcio Fernandes, eleito como membro da FEM-CUT, durante reunião da Campanha Salarial

ERRATA

Diferente do que foi divulgado, a FEM-CUT/SP esclarece que o Sindicel foi o primeiro sindicato patronal a propor agenda para iniciar a negociação, contudo a direção não conseguiu atender.

A direção da FEM se desculpa junto ao Sindicel e ao Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba por não ter esclarecido tal condição e gerado um mal-entendido que causou constrangimento às duas entidades.