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FEM-CUT/SP negocia valorização nos pisos e redução na jornada com Grupo 3

Rodada de negociação G3, na sede do Sindipeças (Crédito Mídia Consulte)
Rodada de negociação G3, na sede do Sindipeças (Crédito Mídia Consulte)

A conjuntura econômica dominou as discussões da 1ª rodada de negociação da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP com a bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos), ocorrida na tarde de quarta-feira (16), na sede do Sindipeças, em Santo Amaro.

Representantes dos setores patronais reclamaram do impacto da redução nos volumes de produção no primeiro semestre. “Isso já era esperado, sabíamos que teríamos essa dificuldade. Mas nunca existiu Campanha fácil e essa não seria diferente. Esperamos avançar nas negociações nas próximas rodadas”, disse o presidente da Federação Metalúrgica cutista e coordenador da bancada dos trabalhadores, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro.

O dirigente debateu com o G3 a pauta de reivindicações, que neste ano só contempla as questões econômicas, porque as sociais têm vigência até 2015, e reforçou a importância do ganho real no salário e a valorização nos pisos. “Todos os anos temos contemplado o ganho real nos salários e neste ano lutaremos para conquistar um índice que atenda à nossa categoria. Os pisos também precisam ser reajustados, porque são importantes instrumentos de distribuição de renda. Na nossa base eles têm sofrido com a pressão da valorização do Salário Mínimo”, explica Biro.

Outra reivindicação debatida com o G3 foi a redução na jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, sem redução no salário. “Essa é uma pauta antiga nossa, mas vamos continuar focando”, relata.

 

Mobilização

O presidente da Federação destacou que é fundamental que os 14 sindicatos metalúrgicos filiados façam mobilizações e organizem os trabalhadores no chão de fábrica. “A conjuntura nesta Campanha será difícil. Temos que conversar muito com os trabalhadores. Nossa vitória precisa ter a participação efetiva de todos os nossos sindicatos”, finaliza Biro-Biro.

 

Pauta do G3 e calendário de rodadas

Durante a rodada, o coordenador da bancada patronal do G3, Dráuzio Rangel, negociou com a Federação a mudança da data-base, que hoje é 1º de setembro, para maio ou junho.

O presidente da FEM e dirigentes dos sindicatos filiados informaram que essa mudança não será possível. “Não há consenso. Enfatizamos que lutamos para unificar a nossa data-base para 1º de setembro e, portanto, seria difícil a categoria aceitar essa mudança”, disse Biro.

Os dirigentes também definiram com os representantes do G3 um calendário das próximas rodadas, que acontecerão na semana que vem e na primeira semana de agosto.Os horários e datas serão divulgados nesta quinta-feira (17) no Portal FEM-CUT/SP.

 

Pautas de reivindicações da FEM-CUT/SP

Reposição dos salários pelo índice integral da inflação;

Aumento real de salário;

Valorização dos pisos;

Licença Maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras;

Redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.

 

Base FEM-CUT/SP em Campanha

A data-base da categoria é 1º de setembro e estarão em Campanha cerca de 215 mil metalúrgicos, de um total de 251 mil na base da FEM no Estado. Neste ano só serão negociadas as cláusulas econômicas, as sociais têm validade de dois anos e estão em vigor até 31 de agosto de 2015.

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)

Total:89,139 mil

Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)

Total: 51,531 mil

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)

Total: 41,872 mil

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)

Total: 23,825 mil

Estamparia

Total: 5,337 mil

Fundição

Total: 3,941 mil

Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha. Lembrando que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)

 

Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT

 

Fonte da notícia: Viviane Barbosa, da Redação da FEM-CUT/SP