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Com queda da inflação, metalúrgicos da FEM-CUT/SP acumulam 3,94% de perdas salariais

Conta leva em consideração os meses entre setembro de 2022 e junho de 2023 com base no Índice dos Preços ao Consumidor (INPC)

FEM-CUT/SP E OS 13 SINDICATOS FILIADOS ENTREGARAM A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PARA AS BANCADAS PATRONAIS NA SEMANA PASSADA | FOTO: ADONIS GUERRA/SMABC

Os salários dos metalúrgicos da Federação Estadual da CUT acumulam perdas de 3,94% com a inflação. A conta leva em consideração os meses entre setembro de 2022 e junho de 2023 com base no Índice dos Preços ao Consumidor (INPC).

As perdas da categoria eram de 4,05% até maio. No entanto, com a queda do INPC em junho, a data-base sofreu essa alteração para 3,94%. O INPC caiu 0,10% no mês passado, principalmente por conta da diminuição nos preços dos alimentos, que ficaram 0,66% mais baratos (LEIA MAIS AQUI).

A data-base dos metalúrgicos da FEM-CUT/SP é em 1º de setembro. A Campanha Salarial 2023 já está em curso e a pauta de reivindicações foi entregue para as bancadas patronais na quinta-feira, 6. As negociações entre os sindicalistas e os empresários estão previstas para ter início em breve (LEIA MAIS AQUI).

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, destaca que o Brasil vive um novo momento econômico.

“Sob o comando de Lula, com investimentos e a implantação de importantes programas de incentivos, a economia começa a ser reconstruída. Temos sinais claros que estamos no caminho certo, principalmente quando vemos os alimentos ficando mais baratos e pesando menos no bolso do trabalhador”.

Erick completa que, ainda assim, negociar a Campanha Salarial não é uma tarefa fácil.

“Seja com os índices de inflação alta ou baixa, as negociações sempre são um grande desafio. É preciso muita dedicação e apoio dos trabalhadores para garantir a valorização da categoria. Vamos buscar reajuste integral da inflação e aumento real, com toda certeza”.

Max Pinho, secretário-geral da Federação, completa:

“A inflação baixa, sob controle é bom para o trabalhador e ajuda a nossa reivindicação de reposição da inflação e aumento real nos salários. Os patrões não podem reclamar disso. A inflação mais baixa aumenta o poder de compra dos trabalhadores, aumenta o consumo nas prateleiras e consequentemente aumenta a produção. Por isso vamos lutar para garantir essa valorização”.

Juros altos
Um dos pontos defendidos na Campanha Salarial 2023 é a redução da taxa básica de juros (Selic). O vice-presidente da FEM-CUT/SP, Cláudio Batista (Claudião), destaca que uma taxa menor é fundamental para o desenvolvimento do Brasil.

“Estamos no caminho da reconstrução de tudo que foi destruído nos últimos anos por Temer e, principalmente, por Bolsonaro. Lula tem feito um excelente trabalho em colocar o país no rumo certo. Mas com essa taxa de juros, os impactos são menores do que poderiam ser e o mesmo acontece com a negociação da Campanha Salarial. Por isso, temos luta nas ruas e no Congresso para redução da taxa de juros e pela saída de Campos Neto da presidência do Banco Central”.