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Campanha Salarial: Primeira rodada com G8 debate conjuntura e cláusulas novas

Próxima negociação com o setor patronal acontece, no dia 14, no Sicetel. FEM se reúne com Estamparia nesta quinta (6)

Primeira rodada de negociações da campanha salarial com os sindicatos patronais do Grupo 8. Foto: Edu Guimarães/SMABC
Primeira rodada de negociações da campanha salarial com os sindicatos patronais do Grupo 8. Foto: Edu Guimarães/SMABC

A FEM-CUT/SP e a bancada patronal do G8 realizaram nesta quarta-feira, dia 5, a primeira rodada de negociação da Campanha Salarial, na sede do Sicetel, na FIESP.  Do total de 200 mil metalúrgicos em Campanha na base da FEM no Estado de São Paulo, 21% trabalham nas empresas ligadas aos setores do G8.

Na ocasião, os empresários fizeram avaliação do cenário econômico, pontuando algumas dificuldades, e a bancada dos trabalhadores fez o contraponto reforçando que é possível, mesmo diante deste cenário adverso da conjuntura, avançar no debate da valorização dos direitos sociais e nas questões econômicas nesta data-base.

“Notamos que há uma valorização do ‘ruim’. Reconhecemos que o momento não é bom, mas o fato de valorizar a discussão mostra que é possível a gente construir alternativas de forma ousada e criativa. Não queremos  debater apenas a manutenção do nível de emprego, queremos avançar na nossa pauta de reivindicações”, frisa o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.

O sindicalista disse que a rodada com o G8 que durou três horas foi produtiva. “Os empresários pediram explicações sobre as 16 cláusulas novas que estamos reivindicando e sentimos que há possibilidade de eles avançarem no debate nas próximas rodadas”, observa.

Novos direitos

A bancada patronal pediu esclarecimentos sobre as cláusulas novas da FEM que tratam sobre a segurança do trabalho e social, como por exemplos: maior poder aos cipeiros, o direito do empregado  manter o convênio médico em caso de demissão, bem como a jornada de 40 horas, a criação de um quadro de carreira especial para o jovem metalúrgico, entre outras.

“Se conseguirmos avançar na cláusula que trata da valorização não só do salário, mas também de um plano de carreira especial para os jovens, a juventude vai se interessar um pouco mais pelo ramo metalúrgico. E as empresas terão profissionais com ideias novas que poderão contribuir para o seu futuro”, analisa Luizão.

O assessor jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, reforça que as cláusulas novas reivindicadas pela Federação não têm custo direto para as empresas e elas favorecem tanto o trabalhador quanto o empregador.

2015_08_05 Campanha Salarial.1ª rodada de negociação com o Grupo 8.Divulgação

PPE

Durante a negociação, a bancada do G8 também questionou o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que está em vigor no País, alegando que nem todos os setores industriais foram consultados para a sua elaboração.

Luizão disse que a postura patronal é tímida e enfatizou que os setores industriais se aplicaram mais no debate do projeto de lei que trata da terceirização das atividades-fim da empresa, o PLC30, antigo 4330, do que no PPE.

“Se houvesse a participação deles com ênfase no Programa, assim como houve na terceirização, talvez o resultado seria um pouco melhor. Mas estamos abertos ao diálogo e, como sempre tenho dito, temos que ser criativos e ousados para buscar os avanços conjuntamente”, finaliza.

Próxima rodada com G8

A próxima rodada com a bancada do G8 continua no dia 14 de agosto, às 14h, na sede do Sicetel, na FIESP. Até o momento, a Federação iniciou as negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais do Grupo 3 (autopeças, forjaria e  parafusos), Fundição e Grupo 2 que continuarão na próxima semana. Ainda falta agendar a bancada do Grupo 10.

Fonte: Viviane Barbosa, Assessora de Imprensa da FEM-CUT/SP