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Trabalhadores da Martifer pressionam empresa por salários em atraso

Empresa fez parte dos pagamentos e prometeu datas, mas processo de regularização ainda é longo

Os trabalhadores da Martifer fizeram mais uma série de protestos contra falta de pagamento de salários.

Os atos tiveram início na quinta-feira, dia 16, dia em que não houve produção na empresa. O salário já estava atrasado há 10 dias e a segunda parcela do 13º salário também não havia sido paga, além de outros problemas.

Após vários atos a proposta da empresa ficou assim: O salário da produção foi pago dia 16, o do administrativo na segunda, dia 20.

Na terça-feira deve ocorrer o pagamentos das pensões descontadas dos trabalhadores e que não foram repassadas. O vale está previsto para esta quarta-feira, dia 22, e a segunda parcela do 13º salário para o dia 28.

Segundo Sindicato dos Metalúrgicos, o caminho para regularização ainda é longo. Falta a discussão das férias vencidas, das rescisões parceladas, FGTS. Sobre, a recuperação judicial a empresa não está conseguindo pagar no tempo certo, mas afirma que tem dado andamento.

Nos protestos, também entraram em discussão as denúncias de assédio moral, principalmente nos setores de solda e caldeiraria, e as demissões que a empresa realizou nesses dias.

A situação é crítica pois a empresa não tem sequer patrimônio que possa ser vendido para quitação dos direitos trabalhistas. O prédio é alugado e grande parte do maquinário também.

O histórico das negociações não é bom, mas a expectativa é que a empresa cumpra aquilo que está prometendo.

Nessa segunda-feira, houve visita de possíveis investidores. O sindicato não realizou protesto neste dia para não prejudicar as negociações.

Mas não há garantia. A empresa afirma que não tem como dar certeza dos pagamentos, que depende da produção e do pagamentos dos clientes. O sindicato repassa todo o posicionamento da fábrica aos trabalhadores e discute os encaminhamentos em assembleia.

O vice-presidente do sindicato, André Oliveira, reforçou a importância da união neste momento.

“Contem com essa direção do sindicato, independente de quem é sócio ou não. Continuem informando o sindicato sobre o que acontece e mantenham a unidade. Só com ela que conseguimos avançar. Se precisar, faremos novas mobilizações sim”, disse.

O dirigente sindical Vicente Caetano, Serrinha, também espera que a empresa cumpra o que promete.

“Pra nós como sindicato é muito difícil essa situação. Já vimos esse filme outras vezes. A empresa assina ata em reunião com a gente e depois não cumpre, isso gera uma situação muito ruim. Mas não vamos perder a esperança”, disse.