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CUT e centrais fazem protesto contra MPs em várias capitais do País

Manifestações em frente às Superintendências Regionais do Trabalho pediram revogação das medidas. No ato em SP, presidente da CNM/CUT destacou importância de defender a democracia no Brasil.

Paulo Cayres condenou MPs e destacou importância de defender o Brasil e a democracia (Crédito Roberto Parizotti)
Paulo Cayres condenou MPs e destacou importância de defender o Brasil e a democracia (Crédito Roberto Parizotti)

Para protestar contra as Medidas Provisórias que mexem em direitos dos trabalhadores, a CUT e as demais centrais sindicais realizaram na manhã desta segunda-feira (2) ato público em frente à Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo. Manifestações semelhantes foram realizadas em outras capitais.

A atividade reuniu centenas de trabalhadores, que criticaram as Medidas Provisórias editadas pelo governo e que alteram as regras do seguro desemprego e benefícios previdenciários, que passam a valer nessa segunda.

O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, participou do ato e, em sua intervenção, avaliou que as MPs prejudicam os trabalhadores e que as entidades sindicais devem cobrar do governo e pressionar o Congresso Nacional para que elas sejam revistas. “O trabalhador não usa o dinheiro do seguro desemprego para aplicar na Bolsa de Valores. Ele usa para sustentar a família”, disse Cayres.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, chamou de “injustas e recessivas” as alterações previstas nas Medidas Provisórias 664 e 665, editadas no final do ano passado. A exemplo de Cayres, o secretário geral também assinalou: “O dinheiro obtido com o seguro-desemprego e o abono salarial vai para a compra da comida, do arroz, do feijão (e outras necessidades básicas)”. Nobre apontou setores com alta rotatividade de mão de obra, como o comércio e a construção civil, como mais prejudicados, à medida que muitos empregados não conseguirão atingir o prazo mínimo de 18 meses para conseguir ter o primeiro acesso ao seguro-desemprego (o prazo anterior era de seis meses).

Defesa do emprego

Paulo Cayres ressaltou ainda que uma luta primordial das entidades sindicais deve ser em defesa do emprego, porque é a renda do trabalhador que ajuda a economia girar. “Esse deve ser o nosso foco principal”, reforçou. O presidente da CNMN/CUT criticou ainda o governo de São Paulo, pela crise de abastecimento de água no Estado. “São Paulo é o estado mais rico do Brasil e, por conta da incompetência do PSDB – que está no poder há mais de 20 anos – a população sofre com a falta d’água. Isso é uma vergonha e traz muita preocupação, porque já está reduzindo as atividades das empresas e a ameaça de demissão fica cada vez mais presente”, afirmou.

Cayres condenou, em sua intervenção, os ataques que estão sendo desferidos contra a presidenta Dilma Rousseff e a democracia. “A direita governou o Brasil por 502 anos, sempre favorecendo os interesses dos ricos e do sistema financeiro, em detrimento dos direitos da classe trabalhadora e não se conforma que desde 2003 não seja mais assim. Nós, da CUT, temos lado e vamos defender a presidenta Dilma Rousseff contra esses ataques infundados que a direita tem desferido contra ela e a democracia em nosso país. Mas a presidenta sabe também que nós vamos cobrar os compromissos da campanha eleitoral. Este ato é um exemplo”, assinalou, complementando ainda: “Mas não vamos entrar no jogo da burguesia, dos especuladores e das grandes multinacionais. Vamos defender o Brasil, o seu patrimônio e as suas riquezas. Nesse momento, nossa principal tarefa é defender a Petrobras e por isso no dia 13 vamos lotar as ruas em todo o país”.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)