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Campanha Salarial: Fundição, Grupos 2, 8, 10 e Estamparia recebem avisos de greve da FEM

Representante patronal do Grupo 3 assina comunicado de greve (crédito: Adonis Guerra)
Representante patronal do Grupo 3 assina comunicado de greve (crédito: Adonis Guerra)

Agora todos os setores patronais receberam os comunicados de greve da FEM-CUT/SP. No final da tarde de quinta-feira (11), o assessor jurídico da Federação, Raimundo Pereira de Oliveira, protocolou o comunicado de greve para as bancadas patronais dos Grupos 2, 8, 10 e Estamparia na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e para o Sindicato da Indústria de Fundição no Estado de São Paulo (SIFESP). O Grupo 3 foi o primeiro a receber na terça-feira (9).

O aviso de greve determina que, após o prazo de 48 horas, contados a partir da entrega do comunicado, os cerca de 215 mil metalúrgicos em Campanha Salarial na base da FEM poderão entrar em greve geral por tempo indeterminado. “As paralisações acontecerão para pressionar as bancadas patronais a nos apresentarem uma proposta econômica decente que contemple a reposição da inflação e mais aumento real”, ressalta o presidente da FEM, Valmir Marques da Silva (Biro-Biro).

Mobilizações e paralisações

As mobilizações estão sendo intensificadas na base da FEM. Na quinta-feira (11), os metalúrgicos de Cajamar fizeram assembleias prolongadas nas portas das fábricas das empresas AJE e SKF (autopeças). Também aconteceram assembleias de mobilização em Sorocaba. Todos os sindicatos metalúrgicos filiados estão fazendo mobilizações nas fábricas e, ao completar o prazo de 48 horas do comunicado de greve, poderão entrar em greve.

Resumo das negociações

As negociações da Campanha Salarial da FEM iniciaram no dia 16 de julho. A bancada patronal do G3 foi a primeira a iniciar as discussões. Depois vieram os setores dos Grupos 2, 8 e 10.

Até o momento, as negociações, sempre marcadas por muitas dificuldades das bancadas patronais, giram em torno da pauta de temas econômicos negociados neste ano pela FEM: a redução gradativa da jornada de trabalho, sem redução no salário, de 44h para 40h semanais nas fábricas e a valorização nos pisos salariais, que ao longo dos últimos anos, tiveram reajustes inferiores ao do Salário Mínimo Nacional.

Em relação aos Grupos 8, Estamparia e 10, a FEM negocia também a unificação da cláusula da Licença-Maternidade de 180 dias na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

No G8 e na Estamparia, esta cláusula é uma recomendação e no G10 assegura apenas 150 dias.

A Federação quer unificá-las nestes setores patronais para 180 dias, transformando em um direito garantido das mulheres metalúrgicas – como já está assegurado nas demais bancadas patronais.

 

Fonte: Viviane Barbosa, da Redação da FEM