Sindicato detalha impacto da nova taxação de Trump em Pinda

A nova taxa de 50% anunciada nesta quarta-feira, dia 9, pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as exportações preocupa o ramo do aço brasileiro.
A cidade de Pindamonhangaba/SP é uma grande exportadora. Em 2024 a cidade exportou no total U$ 1,6 bilhão, mas segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a maioria do que é exportado não é para os EUA.
De tudo que a cidade exporta 4,11% é de aço para os EUA, e 5,57% de alumínio. Outros segmentos como cobre, níquel, máquinas e peças para veículos não chegam a 1%.
O primeiro país para quem Pinda mais exporta é a China, com produtos do ramo do petróleo, com 29% (US$ 459 milhões), em seguida vem os EUA com 10%, depois Argentina, Catar e República Dominicana. São 55 países no total.
De acordo com o presidente do Sindicato, André Oliveira, Pinda também tem uma situação diferente no ramo do aço pois a maior siderúrgica da cidade é a Gerdau, que tem unidade nos EUA, e a unidade daqui é focada no mercado interno.
“Na própria carta do Trump, ele fala sobre a produção de empresas brasileiras dentro dos EUA. Hoje verificamos novamente as ações da Gerdau e elas estão mantendo a alta que tiveram. É preciso também corrigir a afirmação de Trump afirmando que a balança comercial está injusta. Os EUA têm déficit comercial com vários países, mas não com o Brasil, eles têm superávit com a gente. Injusta é essa medida, que inclusive tem caráter político e prejudica até a própria economia americana. A preocupação aqui existe sim, pelo impacto no país, o reflexo na cadeia produtiva, mas não podemos cair nessa armadilha de instabilidade que o Trump está criando. O governo está certo de manter as relações diplomáticas e também firmar a nossa soberania”, disse.
O balanço foi feito com dados do Ministério do Desenvolvimento sobre o ano completo de 2024.
