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Sindicato quer negociar novas medidas nas fábricas por causa do agravamento da pandemia

Ocupação de leitos bateu recorde no Estado; Volks, Mercedes, Scania e Toyota fizeram acordos com sindicatos

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba está protocolando em todas as fábricas um pedido de abertura de negociação sobre as medidas de isolamento social por causa do agravamento da pandemia de Covid-19.

A ocupação de leitos de UTI no Estado de São Paulo atingiu o recorde de 92,3% no dia 24 de março, índice ainda pior de quando foi anunciada a fase emergencial pelo Governo do Estado. Cerca de 70 mil pessoas já morreram em todo o estado e já foram registradas mortes por falta de leitos.

Em Pindamonhangaba, já foi registrada a morte de um metalúrgico por Covid-19. Nesse dia, 24 de março, a cidade registrou 88% de ocupação na UTI Pública e 544 pessoas em isolamento domiciliar. Em vários dias neste mês a ocupação dos leitos particulares chegou em 100%.

Para o presidente do sindicato, André Oliveira – Andrezão, a medida é pontual para este momento de pico da pandemia.

“É claro que não vamos fazer nada sem conversar bastante com a categoria. Tem várias medidas que podem ser tomadas, como antecipação de férias, mas suspender as atividades é primordial. Se houver algum acidente com os funcionários, seja de trabalho ou de trajeto, ou mesmo se o quadro dessas pessoas em isolamento se agravar, o sistema entrará em colapso. O problema é este pico que estamos vivendo. Parar agora é um ato em defesa da vida”, disse Andrezão.

Também no dia 24, o Sindicato participou dos atos pelo Dia Nacional de Lutas, em em defesa da vida, da vacinação para todos, do emprego e do auxílio emergencial de R$ 600,00.

Montadoras

Vários sindicatos têm negociado a paralisação das atividades nas fábricas e essa discussão avançou com as montadoras. A Volks aceitou realizar a paralisação em nível nacional. A Mercedes e a Scania, em São Bernardo, também aderiram às paralisações com início em 26 de março. A Toyota e a Dura Automotive também terão paralisações, até o dia 5 de abril.