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Metalúrgicos de Pinda participam do 1º Encontro da Indústria 4.0 Brasil-EUA

Desindustrialização e falta de política nacional para o setor foram apontados por vários dirigentes

Gilson Leandro, secretário de Comunicação; na tela o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba participa do 1º Encontro da Industria 4.0 Metalúrgicos Brasil-EUA. O evento virtual teve início nessa quarta-feira, dia 7, e termina no dia 8. Ele está sendo organizado pelos Metalúrgicos do ABC, em conjunto com a UAW, sindicato que representa os metalúrgicos nos Estados Unidos.

O secretário de Comunicação dos Metalúrgicos de Pinda, Gilson Leandro, está participando do debate sobre globalização, desenvolvimento, tecnologia e o movimento sindical.

“Pinda em parte tem uma posição até privilegiada comparada a muitas partes do Brasil, que estão arrasadas. Aqui tem fábricas recebendo investimentos. A expansão da Novelis e da Gerdau são na casa de R$ 1 bilhão, e não foram cancelados. Mas eles vão gerar pouquíssimos empregos para fazer a mesma produção ou até mais do que processos que já empregaram centenas de trabalhadores. E por outro lado, nós temos a Confab, que fez um investimento altíssimo contando com o pré-sal e hoje está em dificuldade, vendo tudo ser entregue para os estrangeiros”, disse.

A discussão do avanço da tecnologia, com a Indústria 4.0, e o seu impacto na mudança dos processos produtivos é discutido no mundo todo. Veja na apresentação de Jason Wade algumas novidades que já viraram realidade em muitas fábricas:

DESINDUSTRIALIZAÇÃO

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, fez uma análise da indústria nacional e a falta de uma política nacional de desenvolvimento do setor.

“Temos a obrigação de discutir os temas que irão definir o futuro da indústria no país e da produção nacional. Não existe indústria competitiva sem a participação e o incentivo do Estado. Não há indústria que consiga concorrer com o mundo lá fora sem o Estado sendo o protagonista dessas políticas”, disse.

Wagner Santana, o Wagnão

Ele também criticou o avanço da desindustrialização no país.

“Infelizmente estamos assistindo o inverso no Brasil. Estamos assistindo a inação e inoperância do governo com a indústria brasileira. Um forte processo de desindustrialização. Sem uma indústria forte não há geração de emprego”, prosseguiu.

Também participam representantes das centrais brasileiras e do sindicato americano.