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Campanha Salarial: G8 está na fase de conclusão do debate das cláusulas sociais

Próxima rodada acontece no dia 16, às 15h, na sede do Sicetel. Na segunda-feira (14), FEM continua negociação com G2

Rodada de negociação FEM e G8 - foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte
Rodada de negociação FEM e G8 – foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte

A FEM-CUT/SP e a bancada patronal do Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)  praticamente concluíram nesta sexta-feira (11) na 4ª rodada de negociação da Campanha Salarial o debate das cláusulas sociais, principal destaque na pauta de reivindicações neste ano. No total, a Federação apresentou à bancada patronal  20 cláusulas pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho) e  14 novos direitos.

Até agora, G8, G2 (máquinas e eletrônicos) e G3 (autopeças, forjaria e parafusos)  são as bancadas patronais que estão na fase de concluírem essa primeira fase das negociações da pauta social da FEM. Ainda faltam os grupos 10, Fundição e Estamparia. Após a conclusão dos debates, a Federação iniciará a discussão sobre o reajuste salarial com todos os setores patronais.

Na pauta de reivindicação, a FEM lutará pela reposição integral da inflação do período da data-base, 1º de setembro, e mais o aumento real.

Avaliação

Na avaliação da bancada dos trabalhadores, o G8 acenou na possibilidade de avançar em algumas cláusulas, como por exemplos: das garantias sindicais, no que se refere à ampliação do tempo livre de trabalho e à respectiva remuneração do dirigente sindical quando for liberado para participar de inerentes atividades, bem como a valorização do papel do cipeiro,  o quadro de carreira ao empregado jovem e a inclusão do direito à igualdade de condições e oportunidades, que coibirá qualquer tipo de discriminação, beneficiando mulheres, negros e jovens. “Acredito que a gente também construiu um debate social no sentido de formar uma mesa permanente para fazer uma avaliação detalhada  e bastante complexa da nossa Convenção. Esperamos na próxima rodada entrar no debate da questão econômica”, destaca Adilson Faustino, o Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu, Dorival Jesus do Nascimento, disse que caso sejam confirmadas essas sinalizações, representará uma vitória para a categoria metalúrgica. “Refletir sobre o jovem significa pensar no futuro da indústria. Na nossa base, do total de demitidos durante um ano, 73% eram jovens com média de idade de até 35 anos”, explicou.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto dos Santos Moraes, Vela, elogiou a posição da FEM na defesa da pauta social e acredita que há possibilidade de avanço na melhoria de alguns direitos sociais.

Andréa Ferreira Souza, Secretária da Mulher da FEM-CUT/SP, aposta no diálogo. “Tomara que a gente realmente consiga progredir e possa levar algumas conquistas sociais para nossas companheiras. Com muita luta e batalha, a gente chega lá”.

Alto nível

O assessor Jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, disse que todos os debates das cláusulas sociais no G8  e nas demais bancadas patronais se deram em alto nível.  “Tivemos argumentações consistentes com referências reais colhidas do cotidiano, na relação capital e trabalho, e esta prática faz as partes crescerem rumo a uma cultura negocial benéfica aos trabalhadores, patrões e ao País”, ressalta.

Oliveira salienta que a cultura da negociação entre capital e trabalho deve ser incentivada sempre, de modo que as partes encontrem a solução dos seus pertinentes problemas por meio do diálogo e sem a intervenção de terceiros.

“A FEM vem defendendo essa ideia de negociação permanente com o  G8 e demais bancadas patronais, ressaltando que no tocante às cláusulas sociais, falta muito pouco e estamos próximo de fechar esta Campanha Salarial de 2015 com sucesso”, conclui.

Próxima rodada e debate econômico

A negociação com o G8 continua na quarta-feira (16), às 15h, na sede do Sicetel, na FIESP. Na parte da manhã, na sede da Federação, às 9h, a Federação se reunirá com o Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos).

O ramo metalúrgico cutista entrou neste mês de setembro no período da data-base. A negociação sobre o reajuste no salário e nos pisos iniciará após a conclusão das cláusulas sociais
O  Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE que é utilizado como referência pela FEM, acumulado até agosto, fechou em 9,88%. “Nossa reivindicação econômica é o INPC integral do período da data-base, 1º de setembro, acrescida do aumento real, que negociaremos na mesa”, explica Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP.

Rodada de segunda-feira

Na segunda-feira (14), a FEM-CUT/SP continuará a negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), às 10h, na sede da Abimaq.

Fonte: Viviane Barbosa, Assessora de Imprensa da FEM-CUT/SP