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Rede Gerdau faz paralisação em Pinda contra falta de segurança

Sindicatos denunciam explosão que causou 4 mortes em Ouro Branco (MG) e incidente de alto risco que ocorreu em Pinda

Paralisação também protestou incidente ocorrido na aciaria de Pinda duas semanas atrás
Paralisação também protestou incidente ocorrido na aciaria de Pinda duas semanas atrás

Os trabalhadores da Gerdau fizeram uma paralisação de uma hora nessa quarta-feira, dia 13, em Pindamonhangaba, contra a falta de segurança nas unidades da empresa. O ato integra série de ações da Rede Nacional de Trabalhadores da Gerdau.

No dia 15 de agosto uma explosão na Gerdau de Ouro Branco (MG) provocou a morte de quatro trabalhadores. Em menos de um ano, três acidentes lá já provocaram nove mortes. O acidente tem gerado protestos em várias unidades da Gerdau pelo mundo.

No dia 31 um incidente de alto risco ocorreu em Pinda, no setor de aciaria. Uma panela, com 96 toneladas de aço líquido, caiu da ponte rolante. Por sorte, nenhuma das 30 pessoas que ficam no setor se feriu.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, a empresa fez a troca dos cabos para economizar na manutenção do equipamento, mas eles se romperam. “Se tivesse caído 30 cm ao lado, a panela iria bater na linha, tombar e derramar aço líquido, provavelmente causando muitas mortes também aqui em Pinda. Foi um erro de projeto, mas também retrata essa ganância da empresa pra economizar a qualquer custo”, disse o presidente do sindicato, Herivelto Vela.

O presidente do sindicato, Herivelto Vela
O presidente do sindicato, Herivelto Vela

O ato contou com participação da Rede Nacional de Trabalhadores da Gerdau, que realizou encontro em Pindamonhangaba nos dias 12 e 13. O evento reuniu sindicalistas da Gerdau de Pinda, Sorocaba, São Paulo, Volta Redonda (RJ), Pernambuco (PE) e São Leopoldo (RS).

Para Loricardo Oliveira, coordenador do Comitê Mundial de Trabalhadores na Gerdau, a discussão do encontro vai além dos problemas de cada unidade.

“Nesse encontro estamos caminhando para construir um acordo coletivo nacional que possa garantir a saúde e a segurança no local de trabalho, em virtude de tantos acidentes que estão ocorrendo. Esse movimento de solidariedade é fundamental para mostrar para a empresa que há unidade”, disse Loricardo.

A Gerdau de Pinda emprega cerca de 1.700 trabalhadores na produção de laminados a aço.

Ato reuniu sindicalistas de Pindamonhangaba, Sorocaba, São Paulo, Volta Redonda (RJ), Pernambuco (PE) e São Leopoldo (RS)
Ato reuniu sindicalistas de Pindamonhangaba, Sorocaba, São Paulo, Volta Redonda (RJ), Pernambuco (PE) e São Leopoldo (RS)

 

Foram dois dias de discussão sobre os problemas na Gerdau e como agir diante da Reforma Trabalhista
Foram dois dias de discussão sobre os problemas na Gerdau e como agir diante da Reforma Trabalhista
O vice-presidente do sindicato, André Oliveira, Andrezão
O vice-presidente do sindicato, André Oliveira, Andrezão
A economista do Dieese, Cristiane Ganaka, apresentou uma análise de conjuntura do ponto de vista econômico
A economista do Dieese, Cristiane Ganaka, apresentou uma análise de conjuntura do ponto de vista econômico
A assessora da CNM/CUT, Renata Gnoli, organiza o trabalho em rede, tanto da Gerdau quanto de outras multinacionais
A assessora da CNM/CUT, Renata Gnoli, organiza o trabalho em rede, tanto da Gerdau quanto de outras multinacionais
Encontro reuniu outras centrais também. Na foto, Loricardo, Anderson - Sorriso, coordenador da Rede Nacional de Trabalhadores da Gerdau, Vela e Nivaldo Patrício, dirigente do Sind. Metalúrgicos de São Paulo, que representou o presidente da CNTM, Miguel Torres (Força Sindical)
Encontro reuniu outras centrais também. Na foto, Loricardo, Anderson – Sorriso, coordenador da Rede Nacional de Trabalhadores da Gerdau, Vela e Nivaldo Patrício, dirigente do Sind. Metalúrgicos de São Paulo, que representou o presidente da CNTM, Miguel Torres (Força Sindical)

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