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Campanha Salarial: Grupo 2 oferece 7% de reajuste salarial para FEM-CUT/SP

Para Federação, aumento está abaixo do esperado pela categoria metalúrgica cutista

Bancada patronal - Foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte
Bancada patronal – Foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte

Em rodada de negociação da Campanha Salarial, realizada nesta segunda-feira (14), na sede da Abimaq, a bancada patronal do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) ofereceu reajuste salarial de 7% para a FEM-CUT/SP. A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro e dos 200 mil trabalhadores em Campanha na base da FEM no Estado de São Paulo, cerca de 41% trabalham nas empresas do G2.

Para o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, a proposta está bem longe do que espera a categoria metalúrgica cutista. “Não contempla nem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do período da nossa data-base, que fechou em 9,88%. Nossa reivindicação é a reposição integral do INPC e mais aumento real, que negociaremos na mesa de negociação”, frisa.

Luizão reforça que a FEM seguirá a estratégia de anos anteriores, sem criar nenhum número de fantasia, e lutará por um reajuste que não só recomponha os salários, mas que traga aumento real, valorizando desta forma o poder de compra dos trabalhadores.

Balanço das cláusulas sociais

Na rodada com o G2, o balanço dos direitos sociais foi considerado positivo pela bancada dos trabalhadores, destacando como avanços em algumas cláusulas pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho-CCT) e também em novos direitos.

Alguns exemplos das pré-existentes, são a cláusula do aviso prévio, que acaba com a figura do aviso prévio cumprido em casa, ou seja, ele ou é indenizado ou trabalhado (nos termos da lei), e este era um pleito antigo dos trabalhadores; a cláusula do auxílio creche, que prevê uma progressão ao pai biológico ou adotivo que poderá  também receber o benefício, desde que comprove que a mãe trabalha e não possui tal benefício.

No que se refere às cláusulas novas, a conclusão aponta avanço na aceitação de atestados médicos fornecidos pelo SUS; nas atribuições legais do cipeiro, nos casos de risco grave e iminente de acidente  de trabalho, bem como no incentivo à ampliação do efetivo de mulheres empregadas.

Outra cláusula de fundamental importância valoriza a juventude, no sentido de buscar fórmulas de atrair e manter no trabalho com valorização e  compromisso essa nova força de trabalho.
Uma cláusula final que ficou como apelo da bancada dos trabalhadores diz respeito às garantias sindicais, amplamente debatida entre a FEM e o G2. A Federação espera que a bancada patronal apresente uma proposta que contemple essa importante reivindicação.

Importante destacar que estas propostas sociais estão vinculadas ao resultado da negociação econômica.

Balanço grupos patronais

Até agora, G8, G2 (máquinas e eletrônicos) e G3 (autopeças, forjaria e parafusos) são as bancadas patronais que estão na fase de conclusão da primeira fase das negociações da pauta social da FEM. Ainda faltam os grupos 10, Fundição e Estamparia. Após a conclusão dos debates, a Federação iniciará a discussão sobre o reajuste salarial com todos os setores patronais.

Rodadas desta semana
Na quarta-feira (16), a FEM continua negociação com a bancada patronal do Grupo 3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos), às 9h, na sede da Federação, em São Bernardo do Campo. Na sexta-feira (18), está agendada uma rodada com o G2, mas ainda será confirmado o local e horário. Com relação aos demais setores patronais, as rodadas ainda serão agendadas.
Fonte: Viviane Barbosa, assessora de Imprensa da FEM-CUT/SP